Galeria do Rock
♫ ♪ Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João ♫ ♪
Bem pertinho da esquina mais famosa de São Paulo, cantada nos versos de Caetano Veloso, fica a Galeria do Rock, ou Instituto Cultural Galeria do Rock (como atualmente é seu nome oficial), um espaço inaugurado em 1963 como centro comercial que hoje é bem mais que isso, transformou-se em um ícone da cultura plural encontrada pelas ruas da capital paulista. Queridinha de paulistanos e turistas, em eventos que atraem grande público a São Paulo, como a Virada Cultural ou a Parada Gay, por exemplo, é ponto obrigatório no roteiro de quem visita a cidade.
O prédio de sete pisos (a partir do subsolo) entrecortados de curvas e vãos é um projeto de vanguarda da arquiteta Maria Bardelli que provavelmente não imaginou que estava criando um espaço que carregaria tanta diversidade em seus corredores como acontece hoje. Além de compras, é um lugar para se apreciar a arte tanto da arquitetura, quando das obras do artista plástico italiano Bramante Buffani que é autor dos mosaicos que formam o piso de cada andar (na primeira foto da postagem é possível ver três deles) e do painel em homenagem às mulheres que se encontra no piso térreo retratando quatro etnias diferentes.
Entre as dezenas de lojas, há produtos para agradar a todas as tribos: de rockeiros a geeks, de skatistas a motociclistas. São roupas, discos, skates, tênis, Funko Pop, piercings, entre vários outros acessórios daquele tipo que se você não sabe onde encontrar, procure na Galeria do Rock. O público é tão alternativo e diferenciado quanto as lojas, os produtos oferecidos e os próprios atendentes. Se alguém estiver procurando emprego por ali, certamente não será de terninho e cabelo chanel que conseguirá ser contratado. Nem mesmo de jeans e camiseta branca.
A oferta de alimentos é bem pequena. As poucas lanchonetes estão espalhadas nos vários pisos e não há uma praça de alimentação. A galeria atravessa toda a quadra em que se localiza e na entrada pela Rua 24 de Maio (nos fundos do prédio do Theatro Municipal de São Paulo) há uma loja da Bubblekill, a franquia de casa de sucos com bolinhas gelatinosas que explodem na boca que chegou ao Brasil no início de 2017 e desde então só se amplia.
Durante sua existência, nem tudo foram glórias na Galeria do Rock, houve um período de decadência em que chegou a ser ponto de venda de drogas, mas a partir de 1993 iniciou-se um processo contínuo de restauração e de resgate de sua origem de culturas multifacetadas que perdura até os dias atuais. A deterioração do prédio que não havia passado por reforma estrutural desde sua inauguração na década de 60, foi superada pelo novo cabeamento de toda a parte elétrica e, entre outros itens, novos elevadores que atendem aos critérios de segurança para certificação nacional e internacional.
Um detalhe muito interessante por ali é que se você decidir fazer uma tatuagem, colocar um piercing ou experimentar um penteado afro, certamente terá público assistindo através das paredes envidraçadas dos salões de cabeleireiros e dos studios de piercing e tatoo.
Bem pertinho dali, no Largo do Paiçandu, fica a Capela Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos que tem uma vista privilegiada a partir da sacada curva da Galeria. Para quem está passeando pela região, uma boa logística de visitação é incluir no roteiro, além da Galeria do Rock, a capela, o Theatro Municipal, a Galeria Olido (ao lado) e a Galeria dos Brinquedos (Rua Sete de Abril, n.356) que tem brinquedos antigos e colecionáveis.
Serviço
Site da Galeria do Rock
Endereço: Av. São João, 439 - República - São Paulo - SP
Poderá gostar também de:
0 comentários
E você? O que pensa sobre isso?
Os comentários anônimos estão sujeitos à moderação.