Estádio do Maracanã - RJ
           Para os fanáticos por futebol, o Maracanã é um templo. Quem não gosta tanto assim, mas está visitando o Rio de Janeiro, precisa conhecer para entender a emoção de estar no único estádio a sediar duas finais de Copas do Mundo de Futebol (1950 e 2014), além da abertura e encerramento das Olimpíadas de 2016 e dos jogos Pan-Americanos de 2007 e da final da Copa das Confederações (2013). O Estádio Jornalista Mário Filho foi também palco do milésimo gol do Rei Pelé (19-11-1969) e de shows memoráveis, entre outros, como o de Frank Sinatra (1980), Kiss (1983) e de Tina Turner (1988) que está no Guinness Book como o maior público pagante de um único artistas: mais de 188 mil pessoas. São todos esses superlativos que colocam o Maracanã nos roteiros de viagem de visitantes com as mais variadas preferências culturais.
Maracanã - RJ
            Algumas lembranças não são tão felizes, também foi no Maracanã que o Brasil sofreu o Maracanazo, a derrota para o Uruguai na final da Copa de 1950, diante de 200 mil pessoas, público que hoje o estádio não comporta mais, pois após sua última reforma, para se adequar ao padrão Fifa e receber os jogos da Copa 2014, a capacidade foi reduzida para 78,8 mil pessoas. As fotos acima mostram a parte externa do estádio, a obra do artista norte-americano Scott Gundersen que recria o estádio com 11.373 rolhas de cortiça, a maquete do estádio na atualidade e um pedacinho do gramado exposto em um pedestal, já que não é possível pisar no mesmo durante o tour. Mas dá para visitar os vestiários, área de aquecimento, sala de imprensa e até atravessar o mesmo túnel por onde passam os atletas e se sentar nas cadeiras da arquibancada.
Copa do Mundo e Olimpíadas no Maracanã
           Durante o Maracanã Tour, os visitantes passam por um pequeno museu com peças que contam as histórias de seus quase 70 anos de existência: a camisa autografada da final que deu à Seleção brasileira sua primeira medalha de ouro olímpica (2016), as moedas com edição especial das Olimpíadas que viraram febre entre colecionadores, uma miniatura da Taça Fifa para cada jogo disputado no Maracanã na Copa de 2014 (sete jogos no total), as bolas de todas as copas, os uniformes da Seleção Canarinho e homenagens aos grandes nomes do futebol carioca e brasileiro. Ali se encontram camisas usadas por Zico, as marcas dos pés de Pelé, as chuteiras de Kaká e de Ronaldo Fenômeno, bustos de Zagalo e Garrinha, o púlpito usado pelo Papa João Paulo II e a cadeira onde se sentou a Rainha Elizabeth II.
Tour guiado
             O tour pode ser guiado ou não. A diferença entre um e outro,  no valor, é de R$10 e na prática é o acompanhamento do guia que lidera um grupo repetindo as informações, que estão nas placas e podem ser complementadas com QR Codes, em dois idiomas Português e Espanhol. Apesar da simpatia do guia, achei um tanto tedioso andar em grupo ouvindo todas as explicações duas vezes e esperando, por exemplo, todos tirarem foto ao lado da camisa de seu time do coração no vestiário para então seguir a outro ponto do tour.
           No espaço que se percorre há uma cabine fotográfica que cria um gif em 360º como se a pessoa estivesse girando dentro do Maracanã embrulhado em sua bandeira preferida, que pode ser a de seu país ou a de seu time do coração. As bandeiras ficam todas lá, à disposição do visitante (veja na foto acima). O fotógrafo ajuda a compor as poses e o resultado pode ser visto em um monitor ao lado da cabine, fica bem legal. Custa R$20 para uma pessoa e R$10 reais para cada pessoa adicional, ou seja, se dez pessoas fotografarem juntas na cabine, o valor pago será de R$110 para receber a imagem virtual por e-mail.
Maracanã - sala de imprensa
              Nesse ponto perde-se muito tempo esperando todos que queiram fotografar e confesso que fiquei um tanto impaciente, principalmente porque fui tirar uma foto do equipamento para postar aqui no blog (essa aí de cima) e guia, fotógrafo e auxiliar disseram "NÃO PODE!!" ao mesmo tempo, balançando o dedo indicador em riste na minha direção, como se eu estivesse cometendo o pecado mortal de calçar as chuteiras do Kaká que estão lá expostas. Detalhe: não vi nenhum aviso de que 'apenas ali' era proibido fotografar e, enquanto ficaram de olho 'em mim', outros visitantes fotografaram até dentro da cabine com seus celulares.
Vestiário e flâmulas
              No vestiário visitado, estão representados os grandes times brasileiros e é hora de cada visitante buscar a melhor pose tendo o manto de sua equipe como plano de fundo. Olha lá a camisa do meu São Paulo e a flâmula mais linda entre tantas outras. Do vestiário passa-se para a área de aquecimento e nesse ponto perguntei ao guia se a visita guiada levava a algum lugar que sozinho o visitante não pudesse entrar, como a resposta foi que os lugares abertos à visitação são os mesmos com ou sem guia, me separei do grupo e fui visitar a arquibancada e a sala de imprensa. Enfim, com guia você não precisa ler as informações sobre os objetos expostos e sem guia você faz o tour na metade do tempo, de 30min a 40 min são suficientes.
            Ainda há uma parte interativa do tour que fica por conta de jogos de tabuleiro do tipo pinball e chutes ao gol. Como na maioria dos pontos turísticos, há uma lojinha com produtos personalizados e por ali eu vi, pela segunda vez no Brasil, uma máquina de moedas prensadas. Essas máquinas de souvenirs são muito comuns nos pontos turísticos dos EUA, mas em terras brasileiras eu só havia visto no Museu Pelé, em Santos.
            O Maracanã foi o segundo estádio sede dos jogos da Copa 2014 que visitamos, também já fomos conhecer a Arena Castelão, em Fortaleza. Sim!!! Eu gosto muito de futebol, e você?
Serviço
Site: https://www.tourmaracana.com.br/
Horários: diariamente, das 9h às 16:30h (em dias de jogos no Maracanã, o tour se encerra três horas antes do início da partida)
Endereço: Avenida Presidente Castelo Branco (Radial Oeste) s/n – Portão 2
Valores: Tour guiado R$60 e tour não-guiado R$50 (meia entrada para estudantes, crianças de 6 a 10 anos, maiores de 60 anos e portadores de necessidades especiais).

Nossa passagem pelo Rio de Janeiro foi de um único dia, a caminho de Petrópolis. Quem nos acompanhou foi o guia Márcio Pizzi (24 99314-7447) que também nos prestou os serviços de transfer até a serra fluminense. Fica a dica.


Produtos a base de maple

        Na foto acima, só os vinhos não têm maple, embora sejam canadenses; já biscoitos, chocolates, iogurtes... tudo tem o sabor daquela calda que vemos nos cafés da manhã de filmes se derramando sobre panquecas e waffles. O principal ingrediente dessas delícias é o maple, a seiva retirada da árvore típica do país, aquela mesma representada na bandeira canadense pela folha vermelha estilizada (maple leaf). O maple syrup (xarope de bordo) é um dos sabores mais famosos da cultura canadense e um dos principais produtos de exportação do país. Então se seu destino é Vancouver, Montreal, Toronto, Quebec, Ottawa... ou qualquer outra cidade canadense, já sabe o que experimentar por lá e o que trazer na bagagem.       
Origem do maple syrup

          O maple syrup tem cor e consistência parecidas com o mel (um pouco mais ralo) e o sabor também é bem adocicado, como benefício nutritivo de possuir pouca frutose, ou seja, é mais saudável que outros adoçantes. O processo de retirada do maple é parecido com a extração da borracha: são feitos furos no caule das árvores por onde a seiva escorre. O processo acontece sempre no início da primavera e tem a aprovação dos ambientalistas, pois já se comprovou que não há prejuízos para a planta. Ou seja, o maple é um produto natural, saudável e ecologicamente correto. Tudo de bom, não é? Sim, mas consuma com moderação, não é um alimento indicado para quem tem diabetes, por exemplo.
Produtos a base de maple
        
    Para os iniciantes, o maple syrup pode parecer sempre ter o mesmo gosto, mas os especialistas no assunto descrevem 91 sabores, identificados por meio de uma análise criteriosa, ao estilo sommelier: baunilha, queimado, leitoso, picante... A mim tanto o sabor quanto o aroma é amadeirado, lembra os vinhos envelhecidos em barris de carvalho que ficam com o aroma característico da árvore.
       E não é só nos pratos doces que o maple faz sucesso, misturado a limão e condimentos se transforma em saborosos molhos e ainda pode ajudar a caramelar e dar a cor douradinha a outros pratos. Como o maple é retirado no início da primavera, os bosques ainda estão nevados (final do inverno) e faz sucesso o Maple Taffy, um picolé bem natural: basta esparramar o maple syrup sobre a neve, depois enrolar o caramelo que se forma em um palito e saborear. As crianças amam!
Folha estilizada da árvore símbolo do Canadá

          Como se vê nas fotos não é só na alimentação que a maple tree é celebrada; no Canadá a folhinha vermelha está em todas as lembranças possíveis de se trazer do país: bonés, botons, camisetas, meias, canecas, garrafas, moletons... em tudo ela é exaltada e durante o ano inteiro, não somente nas datas cívicas do país: 15 de fevereiro - Dia da Bandeira Canadense; 1º/07 - Dia do Canadá. A mim chama a atenção porque no Brasil não temos todo esse patriotismo, ou você já viu esses mesmos produtos das fotos nas cores verde e amarelo, mesmo que seja apenas para atender aos turistas? E montes de camisetas verde-amarelas nas lojas porque está se aproximando 7 de setembro (Independência do Brasil) ou 19 de novembro (Dia da Bandeira Brasileira)? Tá certo que nossas cores não ajudam muito, mas em época de Copa do Mundo, está todo mundo lá com sua camiseta canarinho, não é?
Folha estilizada da árvore símbolo do Canadá

           Ficou com vontade de experimentar o maple? Se o Canadá não está nos seus planos, fique de olho nas viagens dos amigos e já sabe o que pedir como lembrança.


Estação Cultura - Campinas - SP

       É impossível passar por ele e não desviar o olhar para o prédio imponente, cuja construção data de 1872. A antiga Estação da Fepasa foi tombada em 1982 como patrimônio histórico e cultural da cidade de Campinas. Em março/2001 partiu o último trem de passageiros e já em 2002 passou a funcionar como um centro cultural.
      Quando em 2007, um jornal da cidade promoveu um concurso com voto popular para escolher as "Sete maravilhas de Campinas", a Estação Cultura ficou em primeiro lugar entre os sete monumentos mais votados. Diz se não aguça a curiosidade para saber 'o que tem dentro'? Ainda mais que o acesso é gratuito.
          No entanto, o que há depois dos portais não é tão interessante quanto o exterior, confesso que a visita foi um tanto decepcionante. Olhando a página do Facebook da Estação Cultura, a impressão é de um lugar agitado culturalmente, com eventos variados para todos os gostos. Acredito que realmente aconteçam vários eventos mas são esporádicos, não há uma programação fixa que indique a visita em qualquer data. Se a eleição das 7 maravilhas de Campinas fosse hoje, dificilmente a Estação Cultura estaria em primeiro lugar.
          Na internet li informações sobre a exposição de uma maquete de ferromodelismo que fica aberta à visitação aos sábados, mas não a vi em lugar nenhum. Como minha visita aconteceu em um sábado, pedi informações no balcão da entrada e a atendente me disse que a única exposição disponível era a de gravuras na sala de exposição (essa da foto acima). Estavam acontecendo vários ensaios de dança para um evento que aconteceria às 20h, da street dance ao balé clássico; da dança de salão ao hip hop... essa foi uma parte legal da visita.
           Para quem gosta de fotografias artísticas, o lugar é perfeito. O horário, a luz e a câmera certa fazem com que o cenário fique perfeito para os ensaios fotográficos de moda, gestantes, debutantes e noivos apaixonados. Ainda assim, não há como deixar de perceber um certo abandono no local, que certamente poderia estar sendo melhor aproveitado como atrativo turístico. Certamente a restauração da antiga estação e transformação em centro cultural foi uma boa ideia, porém, com o passar do tempo o foco nas atrações culturais frequentes e na manutenção do espaço parecem ter se esvanecido. Uma pena!
        De qualquer maneira, vou continuar a visitar Campinas e quero conhecer todas as 'Sete maravilhas de Campinas':
1- Estação Cultura
2- Catedral Metropolitana
3- Parque Portugal
4- Jockey Club
5- Mercado Municipal de Campinas
6- Escola de Cadetes
7- Torre do Castelo
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Happily Ever After, no Magic Kingdom

           Os parques Disney são realmente "onde os sonhos se tornam realidade" e os cast members vão fazer tudo o que podem para que  ao passar pelos portões você "deixe a realidade e entre no mundo da fantasia", como anuncia a placa na entrada do Magic Kingdom. Porém, alguns cuidados ao planejar seu roteiro para os parques Disney podem evitar que o sonho se torne pesadelo (se é que isso é possível quando se trata da Disney).

         Seguem cinco erros que podem ser facilmente evitados para tornar a viagem ainda mais perfeita:

1- Não fazer programação alguma de roteiro e ficar andando a esmo pelos parques.

Animal Kingdom

       Os parques são bem grandes ou então concentram muitas atrações mesmo em espaços menores; andar por elas sem um roteiro prévio, vai fazer com que você perca tempo indo e voltando pelos mesmos caminhos, sem conhecer o parque todo. Mesmo que seja sua primeira vez nos parques e tudo seja novidade, dê uma olhadinha nos mapas disponíveis no site e nas atrações que mais interessam a seu grupo. Programe-se no mínimo para definir se começará seu roteiro pelas atrações à direita ou à esquerda do parque. O mapa impresso disponível na entrada de cada parque é imprescindível, pegue mais de um pois eles se perdem pelo caminho (devem ir para aquele mesmo mundo paralelo onde se perdem guarda-chuvas e canetas). Se é sua primeira visita, conforme-se: não será possível conhecer todos os brinquedos, assistir a todos os shows e fotografar com todos os personagens em um único dia, pois os parques são recheados de atrações.

2- Marcar fast pass para shows e atrações em auditórios.

Bela e a Fera, no Hollywood Studios
         Marcar fast pass é imprescindível!! Nós demos várias dicas para aproveitar ao máximo o 'fura-filas' mais bem vindo do mundo aqui, não deixe de ler. Com ele você marca pela internet até três atrações para visitar sem passar pela fila, depois de utilizá-los você pode marcar outro nos totens disponíveis no parque. No entanto, várias das atrações dispensam o fast pass por serem apresentadas em auditórios grandes, para várias pessoas de cada vez. Nessas atrações ter o fast pass servirá apenas para entrar antes que os demais e sentar-se mais à frente, não vale a pena desperdiçar o fast pass nelas. Atrações que dispensam o fast pass:

Magic Kingdom
- Mickey's PhilharMagic
- Monsters, Inc. Laugh Floor

Epcot
- Festival de curtas metragens Disney e Pixar
- Turtle talk with crush
- Illuminations

Hollywood Studios

- Muppet Vision 3D
- Beauty and the Beast - Live on Stage
- Disney Junior - Live on Stage
- Fantasmic
- For the first time in forever: a Froen sin-along celebration
- Indiana Jones - Epic Stunt Spectacular
- Voyage of the Little Mermaid



Animal Kingdon
- It's tough to be a bug
- Donald's Dino-Bash
- Festival of the Lion King
- Finding Nemo - The musical
- Rivers of Light

3- Programar um parque em cada dia da viagem, sem intervalos para descansar.

Unicórnio da Agnes

        Aquela ideia de 'deixar para descansar em casa' funciona muito bem no mundo das ideias, mas na prática cada dia de parque consome um tantinho de energia irrecuperável em uma noite de sono. Os joelhos começam a doer, as pernas incham, os pés fazem bolhas... cada dia no parque é uma maratona e a sensação é que as noites vão ficando cada vez mais curtas, sem tempo suficiente para descansar das atividades do dia anterior. Vale muito a pena, mas é inegável que cansa bastante. O que fazer? Intercale a cada dois dias de parque, um de compras em Orlando, de outros passeios além dos parques ou apenas para relaxar na piscina do hotel. Além disso, faça seu roteiro intercalando parques que fecham mais tarde com outros em que você pode chegar após o almoço e aproveite a manhã para descansar.

4- Chegar aos parques muito cedo para aproveitar o ingresso ao máximo.

Transportation and ticket center, 7am
           O investimento é alto, então a ideia é aproveitar ao máximo o dia no parque. Certíssimo! Mas... pense um pouco e estabeleça qual é o 'seu máximo', quanto tempo você, e quem estiver lhe acompanhando, aguenta ficar no parque? Oito horas? Então se você quiser ver a magia do Magic Kingdom abrindo seus portões às 9am, será difícil ter fôlego para assistir ao show de encerramento que acontece geralmente às 9pm. São, no mínimo, doze horas de parque. Quer esperar o Animal Kingdom abrir para ser o primeiro da fila de Avatar Flight of Passage? Pois serão doze horas até escurecer e poder ver os encantos de Pandora à noite. Programe-se: geralmente o que acontece com quem chega desavisado e muito cedo é não ter fôlego para esperar o show de encerramento do parque e perder a melhor parte. Então, descanse pela manhã e deixe o parque, pelo menos em alguns dias, para um pouco mais tarde. Ou então faça o oposto, chegue cedo, mas não se obrigue (e nem aos outros) a ficar até o parque fechar.  

5- Viajar com crianças muito pequenas.

Carrinhos no Epcot
        Qual a melhor idade para se levar uma criança à Disney? Aquela em que 'ela' pede para visitar os parques e os pais avaliam que a criança vai levar 'de boa' as nove horas de voo, as filas das atrações, os personagens saídos da TV ali na frente delas em carne, osso e fantasia... Sabe aquela criança que chora de medo do Papai Noel, ou dos personagens fantasiados nos trenzinhos? Pois é... não é porque está na Disney que o medo vai necessariamente desaparecer. Já vi pais se revesando na fila para fotografar com o personagem e quando chegou a vez, saíram sem a foto porque a criança chorava e se recusava a ficar próxima 'daquele bicho'. Se as horas intermináveis em um avião são tediosas para adultos, imagine para os pequenos. Um pouquinho de discernimento faz muito bem antes de decidir-se pela viagem. Quem quer ir para a Disney: os filhos ou os pais?
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Leia também:



Disney Springs

           Vai para a Disney outra vez? Simmm!! Já nem conto mais para os amigos para não ouvir sempre a mesma pergunta. Foram quatro vezes e pretendo ir várias outras, porque cada viagem é única e não, não dá para enjoar.
           Antes de compartilhar o roteiro de nossa última viagem, vou fazer uma retrospectiva do que fizemos em cada viagem:

janeiro/2013 - 10 dias, 8 parques, 1 dia de compras... loucura total, tanto pelo ritmo aceleradíssimo, quanto pela viagem 'amarrada' em grupo. Não indico. Veja aqui nossas considerações.

fev./mar./2016 - 10 dias, 5 dias de parque, compras e atrações além dos parques... tudo com calma e por nossa conta. Perfeito. Veja aqui.

out./nov./2017 - 11 dias, 6 dias de parque, bate-volta até Miami e compras, claro! Bem tranquilo, para aproveitar a viagem sem correria. Veja aqui.

abr./mai./2018 - 10 dias, 7 dias de parque, comprinhas. O foco eram os parques Disney (6 dias) e fomos também ao Busch Gardens. Parece corrido, mas organizamos bem os horários e ficou bem light.

Amanhecer no complexo Disney

1º dia (segunda-feira) - Chegada
Viajamos pela Azul, saindo de Ribeirão Preto às 6:25h e chegando em Orlando às 18:15h . Foi o tempo de fazer o check-in no hotel Clarion Inn Lake Buena Vista e sair para as primeiras compras no Walmart, para abastecer o frigobar e garantir os lanchinhos para o dia seguinte no parque. Tentamos jantar na Cici's Pizza, mas as segundas e terças-feiras fecha mais cedo e nessa noite não deu.

Walmart

2º dia (terça-feira) - Hollywood Studios
Aproveitamos o transporte free do hotel para a ida. Ficamos no parque até o show Fantasmic e na volta fomos direto para a Disney Springs com o transporte gratuito do parque, depois de umas voltinhas acabamos o trajeto até o hotel de Uber (USD7). Foi o que fizemos na maioria dos dias e a economia com transporte foi bem significativa: ida com shuttle do hotel, volta com ônibus do parque até a Disney Springs, último trecho de Uber. O hotel, que fica próximo à Disney Springs, também oferece transfer para a volta do parque, mas optamos por não nos prender à horários na volta.

Hollywood Studios

3º dia (quarta-feira) - Magic Kingdom
Acordamos muito cedo para fazer o Key's to the kingdom tour, o tour que leva os 'guests' aos bastidores do Magic Kingdom, conta alguns segredinhos e passa pelos utilidors. Depois de ver o sol nascendo no complexo Disney (foto no início da postagem), não dava para anoitecer no Magic Kingdom, mesmo assim foram dez horas de parque: das 7am às 5pm .

Magic Kingdom

4º dia (quinta-feira) - Animal Kingdom
Deixamos o período da manhã para descansar, já que o dia anterior foi puxado, e fomos para o Animal Kingdom após o meio dia, com os fast pass para Avatar Flight of Passage devidamente agendados. Ficamos até tarde para ver Pandora à noite e realmente é tão incrível quanto já tínhamos lido em comentários.

Pandora ao anoitecer

5º dia (sexta-feira) - Epcot
Descansamos pela manhã e fomos para o Epcot após o meio-dia para ficar até a hora do show IllumiNations. Imperdível, organize-se para assisti-lo e, para isso, não chegue ao parque muito cedo, pois em alguns dias o show acontece às 22h, ou seja, desde a abertura são mais de treze horas de parque, haja fôlego! Estava acontecendo o Flower and Garden Festival e o parque estava lindo.

Flower and Garden Festival

6º dia (sábado) - Compras
Depois de quatro dias seguidos de parque é hora de dar uma pausa para as compras. Os melhores dias para isso são o sábado e o domingo, pois os parques estarão mais cheios, então evite as filas ainda maiores para as atrações e vá para o shopping. Fomos para o International Premium Outlets.

International Premium Outlets

7º dia (domingo) -  Busch Gardens
Tínhamos visitado o Busch Gardens em 2013, em nossa primeira viagem à Florida, já era hora de voltar. Aproveitamos o transporte gratuito para o parque, que está super indicado, é muito pontual e confortável. O ponto mais próximo de nosso hotel para embarque era o Publix, que fica ao lado do restaurante de comida brasileira Gilson's, por isso, na volta aproveitamos e jantamos por lá.


Busch Gardens

8º dia (segunda-feira) - Magic Kingdom
A intenção era ficar até o parque fechar, por isso, descansamos pela manhã, almoçamos na Cici's Pizza e de lá pegamos um Uber até o parque, chegamos às 15h, a tempo de assistir o Festival of Fantasy Parade. Depois do show de encerramento Happily Ever After, com o parque se esvaziando, é a hora de correr para sua atração preferida e aproveitar as filas quase inexistentes. Fomos três vezes seguidas na Montanha-russa dos 7 anões, que tem fotos e vídeos durante o passeio na atração.


Festival of Fantasy Parade

9º dia (terça-feira) -  Animal Kingdom
Fomos nos despedir de Avatar no último dia de parque antes de voltar e, entre outras atrações, fotografar com Mickey e Minnie em sua casa de campo. É o único parque onde o casa de ratinhos fotografa junto com os guests. Depois Disney Springs e hotel para começar a arrumar as malas, deixando tempo livre para as últimas compras no dia seguinte.


Adventures Outpost - Animal Kingdom

10º dia (quarta-feira) - Últimas compras e partida
Acordamos cedo para aproveitar o último dia e fazer compras no Vineland Premium Outlets, o mais próximo do hotel. A loja da Disney no Vineland é bem maior e mais tranquila para compras que no Internation Premium, uma ótima opção para comprar Minnie Ears e pins bem mais baratos que nos parques, por isso, coloque-o no roteiros dos primeiros dias de estadia se pretende comprar esses itens. Antes de voltar ao hotel, ainda demos a última passadinha no Walmart. Depois aeroporto... que pena!


Loja da Disney no Vineland Premium Outlets


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Frutas do Mercadão de São Paulo

        O Mercado Municipal de São Paulo é um dos pontos turísticos mais tradicionais da capital paulista, visita obrigatória para quem está turistando e quer aguçar todos os sentidos: ver os 72 vitrais do artista russo Conrado Sorgenicht que retratam a agropecuária brasileira, sentir os aromas dos temperos exóticos, o sabor do famoso pão com mortadela, ouvir os chamados nas bancas de frutas e experimentar suas texturas incríveis.

Frutas híbridas

         Ah, as frutas!! Nas dezenas de barracas estão os maiores e mais lindos morangos, cajus, ameixas, jambos, mangas, etc... mas não só. Se estiver em dúvida entre a pera ou a maçã, escolha a 'pera-maçã' (ou pera-nashi, entre outras denominações). Prefere kiwi ou banana? Fique com os dois, no mercadão você encontra o kiwi-banana (kiwi gold). São as frutas híbridas, resultado do cruzamento de duas frutas similares para se tornar uma outra, dois sabores em um só alimento. Já conhece a tayberry, resultado da união da amora e da framboesa? E a atemoia? Mistura da pinha com a cherimoia, ambas da família da graviola, a atemoia é valorizada por atuar no controle da pressão arterial e por beneficiar a saúde muscular.


Frutas do Mercado Municipal de São Paulo

          O preço dessas delícias não é tão doce quanto seus sabores, a maioria das bancas de frutas tem preço único: R$80 o kg de qualquer uma delas ou, como preferem anunciar os comerciantes 'apenas' R$8 cada 100gr de qualquer uma das frutas. Na foto acima a minha humilde bandejinha com dois kiwis-banana, meia dúzia de morangos e meia dúzia de tâmaras custou (ai!!)... R$79!!
        Para atrair clientes dispostos (ou desavisados) para pagar esse valor, o assédio dos comerciantes é grande e tentador. Eles interrompem sua caminhada pelo Mercadão oferecendo a degustação 'sem compromisso' das frutas. Eu experimentei kiwi-banana, pera-maçã, atemoia, pitaya branca, uva sem semente, tâmara e morango, aliás, 'bombom de tâmara': a fruta (que é uma das mais doces do mundo) partida ao meio e recheada com fatias de morango... hummm... muito, muito bom!
         Cada fruta oferecida vem acompanhada de explicações sobre sua origem e seus benefícios para a saúde. Difícil escolher qual a mais saborosa e sair dali sem uma bandejinha, principalmente porque depois de experimentar tantas delícias fica um tanto constrangedor se desvencilhar do vendedor, sem efetuar nenhuma compra. Por isso, já sabe... depois dos doces sabores vêm os preços salgados, então... prepare-se.
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Leia também:
- Mercado Municipal de São Paulo (um pouco de história)


Grafite no Beco do Batman


           O grafite, expressão máxima da arte urbana, pode ser apreciado por todos os cantos, de todas as cidades do mundo, no entanto, em São Paulo encontrou seu lugar no turismo da capital paulista: é o Beco do Batman, na Vila Mariana, que já virou ponto turístico e cartão postal da mais populosa capital do país. A presença constante de turistas que colocam o Beco em seus roteiros pela cidade mudou até o trânsito na região, onde não é mais permitida a passagem de veículos entre as obras de arte desse museu gratuito e a céu aberto.
Beco do Batman, Vila Mariana, São Paulo
     Diferente da pichação, o grafite possui fundamentos e complexidades na elaboração de seus desenhos, usando basicamente a tinta em spray, porém, podendo ser complementada com moldes vazados (stencils), tintas, pincéis, esponjas, entre outros materiais que contribuem para os efeitos incríveis que se vê pelos muros da cidade.
        Outra coisa incrível dessa exposição a céu aberto é que o acervo se renova constantemente, ou seja, as imagens que você vê nessa postagem não são as mesmas que encontrará em uma pesquisa no Google, por exemplo, ou aquelas que encontrará quando chegar ao beco.
Beco do Batman, Vila Mariana, São Paulo
    Isso acontece porque as pinturas são frequentemente substituídas por outras, dos mesmos artistas ou de grafiteiros diferentes, mas sempre em comum acordo para que um desenho seja apagado e substituído por outro. O que isso quer dizer? Uma visita ao Beco do Batman nunca será igual à outra, pois sempre haverá uma nova obra a ser apreciada.
      O nome do Beco tem origem em um desenho do homem-morcego que marcou presença nessas paredes na década de 80. Chamava tanto à atenção que passou a servir de referência para localizar a travessa, além de atrair outros artistas que registraram sua arte nas paredes do beco. Hoje, embora o nome 'Beco do Batman' permaneça, nada garante que o super-herói esteja pelos muros. Nós o encontramos abraçado a Pelé.
Beco do Batman, Vila Mariana, São Paulo
      Não só as paredes ganham cores e designs descolados nos muros da Vila Mariana, lixeiras, grades, portões  e outros elementos da paisagem urbana ganham cores e se integram com a paisagem. Chega a parecer estranho o interesse das pessoas em fotografar ao lado de postes e latas de lixo. Há desenhos que despertam mais interesse e chegam a se formar filas para fotografar diante deles. Os mais procurados são aqueles que permitem certa interatividade, como grandes asas de borboleta, pássaros ou anjos, entre as quais os visitantes se posicionam para suas fotos. Em nossa visita a grande sensação era um pavão com as penas abertas onde as pessoas faziam filas para fotografar centralizadas no desenho.
      As fotos por ali não são apenas as amadoras, saídas dos celulares dos visitantes, é comum encontrar fotógrafos profissionais produzindo ensaios de gestantes, noivos, 15 anos e foto de moda.

Beco do Batman, Vila Mariana, São Paulo
        E aí você me pergunta: o que mais há para fazer no Beco do Batman? Você pode pedalar alugando uma bicicleta, apreciar o artesanato decolado oferecido no beco, observar os artistas produzindo suas obras, tomar um suco ou uma água de coco... porém, o objetivo ali é apreciar o grafite das paredes coloridas, assim como você faria em qualquer galeria de arte. É um ponto turístico para quem aprecia o grafite, que já está saindo do Beco e se espalhando pelas demais ruas da Vila Madalena.
          Se quiser um horário mais propício para fotos, vá pela manhã; é um passeio rápido, que não tomará seu tempo. Dê ao menos um passadinha.
Beco do Batman, Vila Mariana, São Paulo
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Flamingos do Busch Gardens


        Apesar de ter a maior concentração de montanhas russas em um único parque da Florida, o Busch Gardens não é apenas o ‘parque das montanhas russas', é também o parque da natureza, dos animais, dos shows (para quem não gosta nem de adrenalina e nem de animais, mas quer conhecer o parque) e de muita diversão. Enfim, assim como o Animal Kingdom, pode ser definido tanto como um parque temático com animais quanto como um zoológicos com brinquedos radicais, depende da preferência do visitante.
Montanhas-russas do Busch Gardens
      Desde a mais 'suave' como a Cheetah Hunt à mais intensa, a Sheikra (ou seria a Montu? Ou a Kumba? As preferências se dividem.),  são aproximadamente uma dezena de atrações radicais, todas com muita adrenalina e muitas filas. Além das montanhas-russas, você também pode despencar de mais de 90 metros de altura na torre Falcon's Fury ou se balançar em um barco pirata até ficar de ponta-cabeça no Phoenix. E as crianças? Sim, há atrações mais suaves na Vila Sésamo, assim como shows e encontro com personagens. Algumas das atrações kid friendly são um tanto... molhadas.
     Esteja pronto para sair encharcado das atrações Stanley Falls Flume e Congo River Rapids, por isso, se não pretende passar o dia com roupas e calçados molhados, previna-se com uma troca de roupa extra na mochila, principalmente para as crianças. Porém, se o dia for daqueles muito quentes, todo refresco será bem vindo e a roupa vai secar rapidinho. No Congo River Rapids (fotos acima), além do rio turbulento, os visitantes ficam em uma plataforma mais alta esperando os botes passarem para atirar com canhões de água nos desavisados ou até nos avisados que não têm como se livrar dos jato d'água. Os 'tiros' de água são comprados por centavos de dólar nos totens que ficam por ali. Assim como nos demais parques da Florida, sempre haverá alguma atração em manutenção justamente pelo cuidado dispensado à segurança dos visitantes, por isso, pode ser que 'aquela atração' que você queria tanto conhecer não esteja disponível. Essa informação fica disponível no site.
Animais do Busch Gardens
        A interação com animais é outro ponto forte do Busch Gardens, são mais de 300 espécies desde as mais fofinhas e cativantes como os pássaros, cangurus e girafas, que podem ser alimentados e acariciados , até aquelas que despertam curiosidade, mas são bem asquerosas como as serpentes e os sapos (argh!). Para ver alguns desses animais bem de perto, e até alimentar as girafas, faça o Serengeti Safari (USD29), um passeio em um veículo adaptado que passeia pela área de 65 acres onde os animais ficam soltos. O passeio dura em torno de 30 minutos e é acompanhado por um guia que vai passando informações e contando curiosidades sobre os animais do parque.
Safari no Busch Gardens

         Para quem não faz questão de chegar tão próximo dos animais, há um trem que faz o mesmo roteiro, de uma distância um pouco maior, de onde também se pode ver todos os animais. É o Serengeti Express, que já está incluso no valor do ingresso, onde podem ser vistos grandes rebanhos de animais africanos, incluindo girafas, zebras, antílopes, avestruzes, entre outros. Os trilhos circundam todo o parque e há 3 estações de embarque (Congo, Nairobi e Stanyville). É uma boa opção para descansar após depois o almoço, sem perder tempo. A volta completa, até chegar à estação onde você embarcou dura em torno de 1h, mas você pode desembarcar onde quiser, aliás, é uma boa ideia para aliviar as caminhadas, pois o parque é bem grande. Outra opção para encurtar distâncias é utilizar o SkiRide, o teleférico com vista panorâmica que atravessa o parque da área do Egito ao Congo.
Animais do Busch Gardens
     Em qualquer parque temático ter um mapa em mãos é importante para conciliar horários e conhecer um pouco de tudo. No caso do Busch Gardens, o mapa é imprescindível! Se você quer experimentar as montanhas-russas (pelo menos a Cheetah Hunt), interagir com animais (ou ao menos vê-los de perto) e ainda assistir a algum(ns) show(s), mantenha o mapa em mãos e programe-se em seu roteiro para não ficar rodando aleatoriamente, passando pelos mesmos lugares e deixando de visitar outros bem interessantes. O parque não tem uma disposição muito linear em suas áreas, por isso, conheça todas as atrações de um área antes de seguir para a outra, pois apenas circundar o parque não é garantia de ver tudo. Se quiser começar pelas montanhas-russas, comece sua rota pela direita (desde a entrada do parque); se estiver com crianças, comece pela esquerda e logo estará na área infantil.
Busch Gardens em 2013 e em 2018.
         Os shows, ahh os shows! Assista a pelo menos um deles. São quatro espetáculos diferentes apresentados em vários horários. O 'Let's Play Together' é um show para as crianças com os personagens da Vila Sésamo. 'Opening Night Critters' tem animais adestrados que encantam adultos e crianças. O 'Push Play' tem cantores e dançarinos e acontece no Dragon Fire Grill e conciliando seu almoço com o show você não perde um único minuto de atrações no parque; o sistema é fast food com opções de lanches e saladas e refrigerante com refil. Agora se os shows não fazem parte de suas preferências ou você decidir por assistir a apenas um deles, que seja o 'Turn it up', um show de dança e performances em patins sobre gelo que é a cereja do bolo da visita ao parque. Imperdível!
Transporte gratuito para o Busch Gardens
     O Busch Gardens fica em Tampa, a aproximadamente 1h de Orlando e tem transporte gratuito (ehhh). A reserva é feita online e há seis pontos diferentes para o embarque e desembarque. Ao indicar seu hotel, o site vai sugerir o ponto mais próximo. O ponto mais próximo de nosso hotel (Clarion Inn Lake Buena Vista) era o supermercado Publix e há uma placa indicando o local onde aguardar a chegada do ônibus, que é muito confortável e pontual tanto para ir como para voltar. Há mais de um ônibus fazendo o trajeto diariamente, por isso, fotografe o número do seu para se localizar na saída do parque. Na volta, desembarcamos no Publix e aproveitamos para jantar no Gilson's Restaurant antes de seguir para o hotel.


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