Compras no Paraguai

ESCRITO POR: domingo, agosto 09, 2015 ,

Nas lojas Monalisa

      Impossível ir até Foz do Iguaçu e resistir à tentação de atravessar a fronteira do Paraguai para comprar aquele produto da sua wish list por um preço bem melhor que no Brasil. Claro que todo cuidado é pouco, já está estabelecido entre os brasileiros que a expressão "do Paraguai" remete a produtos falsos. Mas Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, também tem produtos autênticos e os preços mais baixos são resultado da ausência de impostos sobre os produtos que nós, brasileiros, pagamos demais!


Compras e chuva
         Quem acha que a Rua 25 de Março é uma loucura, depois de passar pelo Paraguai vai vê-la com outros olhos. Nosso vizinho é bem desorganizado! Nós ainda enfrentamos um dia de chuva e voltamos ao hotel trazendo como lembrança o barro nos calçados. Mas isso é só uma observação, eu adorei o vuco-vuco das ruas paraguaias e confesso que ainda mais dos shoppings.



        Entre eles meu preferido foi o Monalisa com lojas da Victoria's Secret, MAC, Bourjois, Tommy Hilfiger, Hollister, Lacoste, M&M e tantas outras distribuídas em 6 andares que a vontade era de não sair mais dali. A Monalisa é para o Paraguai o que a Macy's é para Nova Iorque. Além de roupas, calçados, perfumes, maquiagem, chocolates e muito mais, há lanchonete para um lanchinho rápido ou a água que nas ruas do Paraguai é totalmente desaconselhável para o consumo. O preço na Monalisa? R$7,40 a garrafa de 500ml .


        As promoções são boas, há descontos de 10% a 40% sobre o valor de etiqueta em alguns produtos e ainda 10% no pagamento em dinheiro, esses descontos são cumulativos. O comércio do Paraguai aceita dólares e reais, o próprio dinheiro deles - o guarani - nem é citado. A dica é sempre perguntar qual cotação do dólar estão usando, com isso em mente pergunte o valor em reais e em dólares. Muitos comerciantes fazem as contas na calculadora, mas há aqueles que 'chutam' valores que fazem com que as compras sejam mais vantajosas em uma moeda ou em outra.


       Use cartão de crédito apenas em último caso e em lojas absolutamente confiáveis, nunca naquelas suspeitas ou no comércio informal das ruas. Os golpes são muitos: alegar que houve erro e passar o valor da compra duas vezes, digitar o valor em guaranis o que faz com que o comprador não saiba o quanto está pagando, entre outros. A loja afirma que tem nota fiscal e garantia? Cuidado! Em vez de nota fiscal podem lhe entregar um simples orçamento, sem valor algum para reclamações futuras. A nota também pode sair com nome de outro estabelecimento e ao voltar à loja, com o mesmo vendedor, ele afirmará que aquele produto não foi comprado ali. 
Algumas comprinhas no Paraguai

     Além de dificilmente um turista voltar ao Paraguai para reclamar de um produto com defeito, o Procom não age sobre os produtos paraguaios, então fique atento. Há golpes bem fáceis de identificar: encontrei uma câmera da Sony de 20.1 Mega Pixels, que no Brasil custa em torno de R$400,00, por R$160,00; como não me mostrei muito interessada o preço foi caindo para R$140, R$120, R$100... e ainda veio a informação que o produto tinha assistência técnica no Brasil... na 25 de Março. Fuja!


          Cosméticos e maquiagem merecem uma atenção especial afinal podem causar alergias e prejudicar a saúde de quem usa. Por isso, certifique-se de que está comprando exatamente o que procura, se o produto está muito mais barato que nas demais lojas desconfie. Minhas filhas estavam procurando pelo Body Splash, da Victoria's Secret, e encontramos preços entre USD8 e USD12; quando encontramos por USD7, com um pouco mais de atenção era possível perceber a diferença na qualidade do rótulo e da embalagem.
              Não achei o comércio das ruas vantajoso. A qualidade é bem baixa e os preços são os mesmos ou um pouco maiores que na região do Brás e da 25 de Março. A febre das camisas femininas Dudalina é a mesma em São Paulo e em Ciudad del Este, mas em SP custam R$40 e no Paraguai R$50. Ou seja, para quem já está lá a passeio dá para aproveitar e fazer umas comprinhas, mas se o objetivo da viagem forem só as compras (e  você não for comerciante) o comércio informal do Brasil fará o mesmo efeito.
        Por fim, a marca registrada do comércio informal no Paraguai: os vendedores de meia! Começam com 3 pares por 10, você diz 'não' e eles vão seguindo e aumentando a oferta - 4 por 10, 5 por 10... quando chegam em 10 por 10 você já está irritada e aceita para se livrar deles, aí descobre que não são mais R$10 e sim USD10. Além disso, no meio da negociação, os 10 pares de meia das mãos do vendedor chegam às suas somando apenas 8, dois deles somem magicamente ao trocar de mãos. E brasileiro ainda se acha esperto!
Segundo o guia de turismo, nem o Macuco Safari, nem o passeio de helicóptero são mais radicais 
que atravessar a Ponte da Amizade de moto, costurando entre os carros. Foto de Helisul.
Organize-se:
- Cada brasileiro tem direito a trazer UD300 em mercadorias, sem cobrança de impostos na alfândega brasileira. Veja mais detalhes aqui;
- Na volta para o Brasil, os veículos são parados e os fiscais da Receita Federal ficam de olho em eletrônicos e mercadorias em grande quantidade;
- No aeroporto, antes do check-in, sua bagagem passará pela Receita Federal e poderá ser aberta. Guarde suas notas fiscais;
- Você está saindo do país, então tenha sempre em mãos seu RG. Caso viaje com crianças sem um dos pais, é preciso da autorização do outro;
- Nós utilizamos o transfer da Loumar Turismo.

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3 comentários

  1. Curti muito o texto.. bem legal! também escrevi algo sobre Foz/Paraguai, da um pulinho lá! http://celebrandoavida.org/index.php/lugares/compras/89-paraguay-py.html

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  2. OMG, pirei quero muito ir fazer umas comprinhas

    http://www.blogpatriciaalves.com/

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    1. O dólar alto não está animando, mas mesmo assim é uma loucura!

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