Parque Nacional de Iguazú - Argentina
Há quem diga que para conhecer as Cataratas é preciso vê-las pelos dois lados: o brasileiro e o argentino. No Parque Nacional Iguazú, o lado argentino das Cataratas, fica a maior parte das 275 quedas d'água e o posicionamento das passarelas permite uma visão privilegiada, que no Brasil não é possível. Realmente ver e comparar a vista de cada um dos países é muito interessante, mas se for preciso escolher apenas um deles eu sugiro o lado brasileiro pela estrutura e organização. Mas vamos ao lado argentino...
"Sabes quién es el responsable de conservar tus parques Nacionales? Abri, adentro está la respuesta." (dentro da caixa há um espelho) |
São três rotas que permitem apreciar as cataratas de diferentes ângulos: Circuito Superior (o mais curto) que permite andar sobre as quedas d´água; Circuito Inferior onde se caminha onde a água cai (Molha muito! Cuidado com câmeras fotográficas e celulares) e a Garganta do Diabo, o circuito mais longo que leva até a fronteira entre Brasil e Argentina formada por uma muralha de água. Para este último circuito o trecho inicial é feito no Trem Ecológico que sai da Estação Garganta do Diabo e tem filas bem volumosas até o embarque. Poucos são os visitantes que fazem os três circuitos, geralmente escolhem a Garganta do Diabo e mais um. A escolha depende da disposição de cada um e também da companhia, para crianças e idosos algumas passarelas são pouco indicadas seja pela extensão ou pela exposição à água.
Trem ecológico; arrecadação de tampinhas plásticas para ajuda a um hospital pediátrico; pássaros no Caminho Verde; painéis do Centro de Visitantes. |
Juntos os três circuitos somam aproximadamente 6 km e a indicação do site é que para percorrê-los gasta-se em torno de 5 horas: 1h15min para o circuito superior, 1h45min para o inferior e 2h para a Garganta do Diabo. Ou seja, o Parque Nacional Iguazú é para quem, além das cataratas, aprecia as caminhadas. Tudo é feito a pé com ida e volta pela mesma passarela; para ir da entrada até o ponto inicial das passarelas há ainda a distância de 1km. Esse trajeto passa pelo Caminho Verde onde é possível ver quatis, macacos, pássaros e outros animais da fauna variada presente no parque. O aviso para não alimentar os quatis é o mesmo dos dois lados, mas na Argentina os animaizinhos parecem um pouco mais agressivos, eles atacam pessoas que estejam com alimentos em sacolas, a foto no alto é de um bando deles brigando por um saco de salgadinhos que tiraram de uma visitante.
Freddo, Havanna, artigos indígenas e tabela de valores. |
Vamos aos valores praticados no parque. O ingresso só pode ser comprado em moeda local e custa 200 pesos para residentes em países do Mercosul. Com o peso argentino equivalendo a R$0,28 no dia em que visitei, cada ingresso custou R$56. Dentro do parque a utilização de pesos é mais vantajosa que a de reais, ou então utilize cartão de crédito internacional. A água custa 30 pesos (R$8,40), o refrigerante 45 pesos (R$12,60), o almoço no restaurante La Selva custa 260 pesos, sem bebida, (+ um refrigerante = R$85,40). Outras opções de alimentação são algumas poucas lanchonetes com empanadas, tortinhas e outros lanches rápidos. Na estação Garganta do Diabo há um Subway. Dentro do parque também há uma sorveteria Freddo com potinhos de 60 pesos (1 sabor) ou 70 pesos (2 sabores): R$16,80 ou R$19,60. Na lojinha da Havanna, a caixa com 12 alfajores que custou R$40 no centro de Puerto Iguazu custava R$80!!
O passeio de barco sob as Cataratas, o Gran Aventura equivalente ao Macuco Safari no Brasil, é mais barato com os hermanos: 560 pesos ou R$145,60 (no lado brasileiro custa R$179), e também um pouco mais longo percorrendo um trecho maior do rio Iguaçu. Molha tanto quanto, mas no Brasil os armários ficam à disposição no embarque/desembarque para guardar mochilas e calçados, na Argentina há armários para aluguel apenas na entrada do parque.
Circuito Inferior (foto maior) e um dos mirantes do Circuito Superior. |
No entanto, o que achei mais incômodo não foram as caminhadas e nem mesmo os preços, foram 10 horas e meia de passeio para ver, como disseram minhas filhas adolescentes, 'tudo que já tínhamos visto no lado brasileiro'. Saímos do hotel às 8h e retornamos às 18h30min com o transfer. Só na aduana para entrada na Argentina o ônibus ficou parado por 1h45min. Chegamos por volta das 11h e o retorno ficou marcado para as 17h; achei 6 horas um período demasiadamente longo. Some-se ao tempo de espera pelos atrasados mais burocracia na aduana para voltar ao Brasil e as paradinhas de hotel em hotel, e lá se foram mais 1h e meia até meu ponto final.
O ideal seria um transfer que ficasse um tempo menor no parque (4h) e na volta parasse no Duty Free de Puerto Iguazu (+2h). No grupo em que estávamos, houve quem desceu no Duty Free para depois pegar um táxi e acabar de chegar. Ou então considere fazer ida e volta de táxi, ficando no parque apenas o tempo suficiente para as atividades que interessam.
Talvez esse tenha sido o ponto que não agradou muito: tudo que é demais, enjoa.
Organize-se
- Se pretende utilizar cartão de crédito na Argentina, lembre-se de comunicar a administradora antes de viajar;
- Ande sempre com seu RG, ele será pedido no momento de comprar o ingresso e também na aduana;
- Não arrisque danificar sua câmera ou o celular para tirar aquela foto que ninguém tem. Próximo às quedas há muita água!
- Leve uma roupa extra principalmente se estiver com crianças.
Leia também:
- Cataratas do Iguaçu em todos os ângulos
- Macuco Safari
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