O que é hotel 'ruim'?
Hotel DayRell |
Hotéis existem para todos os gostos, por isso não falo muito sobre eles pois o que é prioridade para alguns é supérfluo para outros e por aí vai. Mas algumas características do Day Rell, em Belo Horizonte, me chamaram à atenção.
A foto ao lado é do próprio site do hotel e não mente sobre a localização, fica a 3 quadas do Mercado Central. Hospedei-me a trabalho, acompanhando uma aluna classificada na Olimpíada de Língua Portuguesa e a prioridade na escolha dos organizadores era acomodar 125 alunos e 125 professores de toda parte do país, além da equipe organizadora do evento. Também eram necessárias 8 salas de formação, auditório para mais de 300 pessoas, além de espaços para as equipes técnicas trabalharem. Esses quesitos foram perfeitamente atendidos.
Antes de viajar comecei a ler na página da Olimpíada no Facebook comentários de quem pesquisou e não encontrou boas referências sobre a hospedagem. Quando cheguei achei os comentários meio exagerados, apesar do prédio ser antigo, os quartos eram limpos, arrumados e a comida deliciosa, bem típica mineira. Após 3 dias hospedada minha opinião mudou um pouco.
São detalhes que não são percebidos à primeira vista. As janelas não abrem e o ar condicionado antigo é muito barulhento. Eu me esqueci de colocar shampoo e condicionador na mala, mas para tão poucos dias considerei usar os pequenos frascos de amenities, só que o que tinha disponível era um único frasco de shampoo 2 em 1, que na verdade não era nem shampoo e nem condicionador, era um detergente de laranja, pois meu cabelo ficou um bagaço (desculpem a piada pronta). Fui tentar dar um jeito com o secador de cabelos e só então percebi que não existia no banheiro esse objeto tão comum nos hotéis.
O cesto de lixo do banheiro não tinha tampa, o que é anti-higiênico em qualquer situação, imagine o quanto se torna desagradável dividindo o apartamento com uma pessoa desconhecida, o que, por ser um hotel de eventos de negócios, deve ser muito comum acontecer. Mas vamos deixar o banheiro para lá, resolvi a questão do cabelo fazendo uma escova em um salão de uma galeria da Av. Afonso Pena.
O hotel tem 19 andares e sabe-se lá quantos apartamentos duplos, tudo isso para apenas 2 elevadores. O congestionamento era tamanho que a orientação dos organizadores era considerar 15 min de antecedência para conseguir subir e descer entre os apartamentos e as salas de reuniões ou restaurante. Para agravar a situação havia uma única chave (cartão) para os 2 ocupantes do quarto, que geralmente estavam em grupos de trabalho diferentes, o que exigia certas manobras para ninguém ficar parado do lado de fora esperando o colega.
Internet grátis? Nem pensar! São onze reais por 12 horas. Por fim, nas 3 noites que passei no hotel precisei ligar na copa para pedir que repusessem a água do frigobar. Isso não seria um ponto negativo na rede Ibis, por exemplo, em que o hóspede já sabe que é de sua responsabilidade abastecer o frigobar de seu apartamento. Porém, quanto mais se espera do hotel e quanto mais ele promete, mais exigente são seus hóspedes e são esses pequenos detalhes que juntos fazem com que sua avaliação seja negativa.
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