Esqui na Pennsylvania
Nosso pacote de viagem para NewYork e Orlando incluía um Ski Day que foi um dos motivos para escolhermos viajar em janeiro e não em julho, mesmo tendo que abrir mão de conhecer os parques aquáticos por ser inverno nos Estados Unidos. Entre água ou neve, minhas filhas ficaram com a segunda opção. Se não fosse por elas, eu teria abandonado a ideia de ir até a Pennsylvania esquiar e ficaria ‘batendo perna’ em New York, mas como fazê-las mudar de ideia? E lá fomos nós para o Camelback Mountain Resort fazer a tal aula de Ski.
Eu adoro a neve, mas o esqui é outra história. Não tentei o ‘esqui alpino’ (na montanha) em nenhuma das duas vezes que estive em Bariloche porque tenho plena convicção de que ninguém aprende a fazer isso em 2 horas de aula e ainda se acrescenta à viagem o risco de se machucar e estragá-la. Os tombos são muitos e inevitáveis. Já tínhamos feito em Bariloche o ‘esqui nórdico’ que é mais plano, como se você caminhasse usando os esquis, e tem as botas mais confortáveis e flexíveis.
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| Nota zero em elegância, mas parei em pé. |
Já estava incluso o valor da aula e do equipamento, mas não da roupa, o que surpreendeu a todos. Eu tinha desconfiado disso e levei na mala nossas blusas, botas, luvas impermeáveis e a segunda pele térmica das viagens à Bariloche. Não há roupas para aluguel no Camelback, então a recomendação dos guias no dia anterior foi de comprar uma blusa bem quente na Macy’s e levar uma troca de roupa extra na mochila para o caso de se molhar. Usando calça jeans, moletom ou leg, é claro que isso aconteceria!
A aula é feita praticamente no plano com grupos de 8 alunos para cada instrutor e o equipamento é bem incômodo e apertado. Meus tornozelos doíam demais e ficaram com marcas roxas e doloridas. Vale a pena pela diversão de cair e rir do próprio ou do tombo alheio. Mas tem que levar isso numa boa, vi gente desistindo no primeiro tombo por não aguentar a pressão de não ser um expert no esqui. Além de não termos nenhuma habilidade com os esportes de inverno, o local onde a aula é feita tem muito trânsito de pessoas e a neve pisada vira gelo e fica muito escorregadia. Eu caí do nada, estava parada, rindo do tombo do colega, me desequilibrei e me espatifei no chão.
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| Daniel mostrando suas habilidades no esqui. |
Embora não tenha nevado quando estávamos lá, para quem quer apenas ver a neve, o caminho já oferece paisagens para inúmeras fotos do álbum de viagem, mas se alguém que nunca calçou um par de esquis antes sonha em descer lindamente do alto da montanha fazendo acrobacias, desista! Isso é impossível.
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| Laura com o instrutor. |
Fiquei pensando no preço alto e no dinheiro desperdiçado de quem vai para Bariloche e paga aula, aluguel de roupa e equipamento na ilusão de que vai esquiar com 2 horas de aula. Vai trazer boas lembranças, lindas fotos e alguns hematomas, mas 'esquiar' exige bem mais experiência. Não estou desaconselhando de forma alguma, se surgir a oportunidade de experimentar algo tão diferente para nós que não temos neve no Brasil, não deixe de ir, mas vá no intuito de brincar e se divertir, não de se profissionalizar.
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| Preços do Camelback. Clique para ver a imagem ampliada. |
Quem viaja para um lugar que tem neve carrega consigo a ideia de que ‘tem que esquiar’; para mim isso corresponde à obrigação de viajar para a praia e ‘ter que surfar’. Poucos tem a coragem de um colega de viagem que disse: “Se eu soubesse que esquiar era tão chato teria ficado em New York.”
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| Já virou tradição, é o 3º coração de neve que o Daniel ganha da Luísa. |
Para quem estiver em New York ou região no verão, a mesma empresa tem o Camel Beach Mountais Water Park, pode ser interessante um dia de parque aquático no roteiro da viagem, principalmente para quem estiver com crianças.
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